Não era a Morte, pois eu estava de pé


#355

Não era a Morte, pois eu estava de pé
E todos os Mortos jazem deitados –
Não era Noite, pois todos os Sinos
Pelo Meio-Dia soltaram os Badalos.

Não era Geada, pois em minha Carne
Senti Sirocos – a rastejar –
Nem Fogo – pois meus pés de mármore
Manteriam fresco um Altar –

Mas parecia ser todos eles,
As Figuras que vi
Em ordem, para a Sepultura,
Lembravam-me a minha –

Como se minha vida estivesse cortada
E pronta para a moldura
E não pudesse respirar sem uma chave,
E era como Meia-Noite, um pouco –

Tudo o que tiquetaqueava – cessa
E o Espaço fita – ao redor –
Ou geadas cinzas – primeiras manhãs do Outono,
Retomando o Solo Vibrante –

Mas, mais, como Caos – Incessante – frio –
Sem mastro nem Chance –
Nem mesmo Relatório de Terra –
Justificando – a Desesperança.