Provo um licor nunca fermentado


#207

Provo um licor nunca fermentado –
De Canecos cavados em Marfim –
Nem todas as uvas de Frankfurt
Produzem um Álcool assim!

Embriagada de ar – vivo eu –
Uma Devassa do Orvalho –
Cambaleando – em dias de verão sem fim –
Pelas tavernas de Azul claro –

Quando o “Dono do Bar” expulsa a Abelha bêbada
Da porta da Dedaleira –
Quando as Borboletas – renunciam a seus “tragos” –
Ainda prossigo na bebedeira!

Então os Anjos erguem o alvo Chapéu –
E os Santos – às janelas do Arrebol –
Acorrem para ver a Esponjinha
Se escorando no – Sol!